19 junho 2019

Título: Quedas

Dia dois de fevereiro, mamãe sofreu uma queda e bateu com a cabeça no chão da sala a tarde. Corri para a emergência. Fez tomografia e levou alguns três pontos na cabeça.
Nesse mês a Vera decidiu ficar tomando conta da loja permanentemente e trabalho, como último dia, na quinta feira. Estava na hora de buscar alguém para me ajudar em casa. Não podia ficar sozinha com ela e, ao sair, ficar com medo dela se machucar. Me indicaram uma moça, Jerusa, que tinha trabalhado pouco tempo com outra senhora no prédio em que moramos. Foi contratada.
Cuidar é muito difícil mesmo, requer muita paciência e sabedoria.E no ano de 2011, foi muito complicado. Mal sabia que isso tudo poderia piorar.
As quedas continuaram acontecendo e os médicos doa emergência começaram a me questionar. Como assim? Ela estava se jogando no chão ou queria andar e não conseguia e, por isso caia?
As noites continuavam do mesmo jeito. Mãe não dormia e não deixava dormir. Quando começava a dar 18h eu já me desesperava. Sabia o que me esperava. Se observarem bem, na foto abaixo, onde estou de joelho ao lado da mamãe com um bebê nos braços (neto de uma amiga), estou bem magrinha, um luxo só. Mas não era dieta não, é que não tinha sossego para parar e comer. Mamãe sempre tinha meu nome na boca e me chamava direto e, eu já ia no quarto dela com o prato na mão, comendo.
Fazendo fisioterapia duas vezes na semana, perguntei ao profissional, se ela voltaria a andar novamente, mesmo com o auxílio de um andador ou muleta, como ela já o fazia. Minha resposta foi: "Só Deus faz milagres".
Como permanecer um profissional, que já atendia minha mãe por anos (se não me engano uns 4 ou 5 anos), que não acreditava na sua recuperação?
Contratei a Ivana todas as terça e quintas feiras.






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