01 abril 2017

Título: O dia seguinte depois de ontem.

Nunca o amanhecer foi tão desejado. E, junto, toda a movimentação na troca de equipe técnica. Café da manhã, banho e troca de lençóis. Novos exames e, finalmente, o médico.
Sábado, dia 31 de dezembro de 2016, com o médico a frente, informando que estava esperando a liberação da cirurgia e, das placas e parafusos que seriam colocados no braço da mamãe, ele me informa que o risco cirúrgico é alto e, que se ele pudesse, não faria a cirurgia. Mas, devido a situação, ele teria que operar. Estava aguardando também, que o resultado do ECO do coração fosse feito, para confirmar o dia da cirurgia que, dificilmente, seria no final de semana, sendo mais provável na segunda-feira, quando teria toda a equipe cirúrgica disponível. Confesso que sempre quia passar a noite do ano novo fora de casa, mas não deste jeito.


Mais uma vez, Angela nos socorreu, chegando antes do almoço, para me substituir por algumas horas, dando oportunidade de ir em casa. Aproveitei e tomei um banho frio, tomei café e arrumei meus passarinhos, que pareciam que estavam todos reclamando da demora do lanche deles.
Voltei a tempo de dar o almoço para mãe e liberar a Angela.



Num quarto de hospital, as horas não passam. Cada minutos parece ser uma eternidade. Ainda mais sendo o último dia do ano, tendo-se a dificuldade de encontrar alguém em casa disponível para me substituir por algumas poucas horas. Angela conseguiu me ajudar nesse momento.
A boa surpresa foi a visita da Lucinda, nossa amiga, que veio trazer um pouco de alegria nesse quarto e um presente para a mamãe. A gente não tem ideia como faz bem uma visita nesses momentos, até que se passa por isso. Geralmente pensamos que, não é bom incomodar, a pessoa precisa descansar, vai tirar a privacidade, etc. Então, deixo registrado que é tudo ficção. Se tiver oportunidade, vá visitar uma pessoa acamada. Faz um bem enorme.

E o dia seguiu até a festa do Reveillon...

Não ouviu um fogo de artifício, não escutei nenhum barulho de festa, não vi e não sei de nada. Dormimos. A noite toda, sendo apenas acordada nas vindas e idas da equipe hospitalar, que estavam monitorando minha mãe, que não acordou em nenhum momento.


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