17 junho 2019

Título: Entre idas e vindas.


Como estava escrevendo, mamãe recebeu alta no dia primeiro de dezembro de 2010. Fomos pra casa e, pelas fotos, vocês perceberam que ela estava bem, tirando o fato de que estava com dois coálogos na virilha, o que chamamos de trombose, comprovado pelo Eco Doppler colorido venoso de membros inferiores que pode demostrar o trombo dentro da veia. Após esse exame, começou a serem administrados injeções na barriga para afinar o sangue mas, como essa trombo só foi descoberta na semana da alta, foi pra casa com recomendações de fazer repouso e usar a medicação indicada. Só que tivemos uma dificuldade. Não me deram o pedido de exame de sangue para ser realizado após alguns dias de uso do remédio. Fato esse que só fui perceber em casa.
Continuou fazendo uso da nebulização e das medicações recomendadas. Voltou a se alimentar melhor e, por se encontrar muito desorientada, não conseguia dormir de noite. Nessa época, mamãe se levantava a noite, com todos os riscos de queda, e pegava o remédio tarja preta para dormir. Os outro remédio era eu quem administrava, até perceber que algo estava errado com o sono dela. Não dormíamos a noite e ela, dormia muito de dia. Ficava muito agitada de noite e era um levantar para ir pra sala, voltar pro quarto e retornar pra sala, muito cansativo e, eu atras dela, falando, pedindo, implorando, cansada e bastante estressada, precisava que ela dormisse , o que acontecia, geralmente, altas horas da madrugada. Lembro que ela ainda andava, de muletas ou se segurando nos móveis, com dificuldades, mas andava.
Na semana seguinte, consegui o pedido médico com a enfermeira do plano de saúde, que me trouxa na sexta, dia 10 de dezembro e,  agendei para sábado, o exame em casa. Esse exame específico é chamado Dímero D que quando está normal, exclui a possibilidade de trombose e é um exame que não precisa de jejum e costuma ficar pronto em 3 horas.
Não é o momento de me justificar e isso também não explica nada. Nunca cuidei de ninguém, não tive filhos, sou filha única, sem primos ao meu redor,  e minha mãe sempre foi uma pessoa forte, matriarca da família e, nesse momento, precisava de mim. Depois de um longo período no hospital, eu estava muito cansada devido a impossibilidade de dormir a noite e, de dia, não consigo, por mais cansada que esteja. Não sabia o que estava acontecendo, apenas que minha mãe estava em casa após uma cirurgia de risco, tinha passado por uma série de problemas no hospital e minha alegria estava sendo abafada por todos esses problemas em casa. Comprei micro ondas para esquentar a comida, fiz compras de supermercado, corri atras das medicações e, sem falar do meu trabalho em casa que estava todo acumulado e os prazos vencidos. Contratei um enfermeiro para vir dar banho nela todos os dias de manhã cedo. Ele saia de seu plantão em outra residência e vinha direto para minha casa. Nunca tinha dado banho na mamãe e uma maneira de ter alguém me ajudando, temporariamente, era contratar alguém. 
A semana seguinte mamãe recomeçou com a fisioterapia em casa. 








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