06 junho 2019

Título: Grande decisão


Sempre desejei ter um filho ou filha mas, tudo ia adiando esse momento. Quando percebi, estava com mais de 50 anos e, a adoção seria o caminho certo a seguir. Não porque eu não podia ter filhos. Sim, eu podia ter tido. Mas, fui colocando empecilhos diante do trabalho, diante dos problemas que iam surgindo a cada ano, etc. Primeiro com a minha separação (divórcio), falecimento do meu pai, minha mãe doente, Alzheimer..... até que me dei conta que, se não fosse agora, não seria nunca. Corri atrás e dei entrada na papelada. Comecei a participar do grupo da adoção e um ano e meio depois, estava com o meu certificado. Todo esse processo foi compartilhado com minha mãe que ainda compreendia que um neto ou neta iria chegar em nossa família. Ela esperou com expectativa e, todas as vezes que eu saia, explicava que estava indo ao encontro do meu sonho. No dia 31 de outubro de 2017, as 14h, conheci David, no mesmo dia em que fui certificada. Meu nome estava no banco nacional da adoção e os telefonemas começaram. Foi rápido?! Não sei. Só sei que tudo tem haver com o perfil que você disponibiliza. O meu foi bem amplo: ambos os sexos, de 8 a 12 anos, independente de raça. David nasceu pra mim. Começamos a nos encontrar semanalmente por uma hora apenas, sob o controle da equipe e, no feriados eu podia leva-lo para passear. Fomos em vários lugares como a Quinta da Boa Vista, no Museo do Amanhã, no Aquário, tudo regado com muitas risadas, almoço e carinho. Nesses dias, eu ia busca-lo e o devolvia dentro do horário combinado. Esses passeio passaram a ser semanais, aos sábados até que no dia 08 de dezembro do mesmo ano, ele veio passar um final de semana. David foi preparado para conhecer a avó e foi muito bonito esse momento. Ele logo começou a chama-la de vovó, foi um carinho mutuo despertado instantaneamente.


Nesse mês de dezembro, David ficaria alguns dias, retornaria para o lar temporário e, perto das festas de final de ano, ele voltaria para nossa casa. O combinado era dele passar o Natal com a família acolhedora e o ano novo conosco.  Mas acabou que ele veio no dia 08 e só retornou para buscar suas coisas, decidindo ficar. Eu era a sua mãe agora.

Mas, tudo isso é apenas para registrar esse momento. Pois a adoção é outra história.























Nenhum comentário:

Postar um comentário