19 junho 2019

Título: Janeiro do ano novo 2011


No dia 04 de janeiro, retornei com ela a emergência, devido a dificuldades de evacuar e com muitos gazes. Ressalto que ainda não conseguíamos dormir a noite e ela acabava cochilando de dia e eu não.
Eu procurava ficar com ela, no quarto, de noite, segurando usa mão e tentando tranquiliza-la. Ela queria tomar o remédio tarja preta e eu administrava o que me fora orientada. Mas ela queria mais. Eu não dava. Então, não dormíamos. No dia seguinte procurava o médico e ele ou mudava a receita, ou fazia um ajuste.
Alzheimer não existia nas nossas vidas.
Acredito, pelo diagnóstico da Dra Anne, a geriatra que acabou acertando a medicação, que nesse período ela estava na fase inicial.
A vida seguia em frente e eu procurava sair o menos possível para não deixa-la sozinha. Pedia ajuda de vizinhos e de amigos, para ficarem com ela quando fosse a rua, como no início do mês de janeiro precisei renovar minha carteira de motorista e a Jesuíta ficou de bom grado com ela. Conversaram e riram muito dos tempo antigos.
Comecei a sair com ela durante o dia para deixa-la cansada e de noite pudessemos dorimo. Fomos ao Shopping Iguatemi no dia 8 de janeiro e lhe dei uma boneca de presente.
Não adiantou.
Noite em claro.
Domingo terrível.
Crise de choro.
Fomos parar de novo na emergência, dois dias depois, desta vez em outro hospital, pois os médicos do anterior não estava ajudando muito. Nada contra, mas que fica de noite com ela sou eu.
Dr. Roberto passou nova medicação e sai de lá renovada de esperanças. Não dormiu. Lógico, o remédio leva um tempo para fazer efeito, pensei.
Noites ruins, acordadas, desesperadas.
No dia 12, a primeira e única noite bem dormida. Acordei renovada.
Jesuíta estava vindo todos os dias de manhã, até 12 horas, para ficar com ela enquanto providenciava e/ou resolvia coisas na rua. O fisioterapeuta Antonio, vinha duas vezes na semana a tarde e Vera uma vez na semana na faxina.
Logico que com tanto estresse, eu iria sucumbir. De fato, no dia 18 acordei passando mal, muito mal, com vômitos e diarreia. Foram dois dias assim.
E a semana seguia em frente com as noites mal dormidas e, o problema maior não era ficar acordada, era as idas e vindas para o quarto dela. Mamãe me chamava umas 8 a 10 vezes por noite. A colocava para dormir e ela ficava quietinha por 15 minutos e quando eu ia para o meu quarto, me chamava. Teve uma noite que contei umas 30 vezes. Verdade.
Isso sem falar que quando a trocava, após o banho,m com os lençóis limpinhos, ela fazia xixi na cama, antes mesmo de conseguir colocar a fralda limpa.
Respirar fundo e contar até mil.
A maquina de lavar nunca trabalhou tanto e as minhas costas estavam bem doloridas.
As despesas estavam bem altas e as fraldas eu conseguia uma parte na Farmácia popular com receituário e uma procuração dela.
Vera passou a vir todos os dias de manhã até 12 horas, liberando a Jesuíta, pois a Vera tinha montado uma loja de roupas no bairro que abria as 13 hs. Perfeito. Eu tinha ajuda.
Fiquei gripada e com febre.
Mas, tinha que continuar.
A levei ao Dr. Paulo que mudou a medicação, de novo. Prescreveu um tratamento alternativo chamado Oxônio três vezes na semana, isso para regularizar o intestino.







Como sempre, a primeira noite com nova medicação, ela dormiu.E durante três dias foram assim.
Até que na quarta noite.......


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